quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Coisas soltas por ai..
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Deus, sexo e o carnaval!
Depois que o Ministério da Saúde divulgou que faria distribuição de camisinhas e pílula do dia seguinte no carnaval, o arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, entrou em crise. E com uma ação no Ministério Público Estadual, ontem, solicitando, 'em caráter emergencial', a suspensão da entrega do medicamento pelo sistema público de saúde. Em todas as épocas, frise, não só no carnaval.
O fundamento da ação? 'A lei de Deus, que está acima de qualquer lei humana'.
O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, declarou ontem, que a Igreja cada vez mais se afasta dos jovens com esse tipo de postura. A resposta, do outro José, foi que quem faz o mal para os jovens é quem está difundindo o mal, induzindo os jovens a praticar sexo à vontade, gastando dinheiro para eles usarem camisinha e etc, violando a lei de Deus.
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Dai eu pergunto: Alguém precisa induzir o jovem a fazer sexo?
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Bem no dia do jornalista leio um edital que me faz dar cinco estrelas para a profissão. Fazia tempo que não tinha orgulho, tava faltando essa. O edital de hoje, da Folha:
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É inapropriada a decisão do arcebispo de Recife e Olinda, dom José Cardoso Sobrinho, de entrar com representação no Ministério Público com o objetivo de obter, através da Justiça, um veto estadual à contracepção de emergência - isto é, à distribuição da chamada pílula do dia seguinte, que o Vaticano considera abortiva. Não compete à Igreja Católica determinar políticas de saúde pública.
É claro que o prelado tem o direito de acionar o Ministério Público e o Judiciário quando bem entender e por qualquer motivo que lhe pareça bom. Reconhecer essa prerrogativa básica da cidadania, no entanto, não basta para tornar o pleito de dom José justo ou razoável.
Sacerdotes então, por razões de economia interna da igreja, obrigados a colocar-se contra o aborto e a maioria dos métodos contraceptivos. Devem tornar públicas suas posições e guiar seus fiéis. A aceitação dessas orientações pelo cidadão é uma questão de fofo privado - as pesquisas e o senso comum indicam que a grande maioria das pessoas que se declaram católicas as ignora.
O arcebispo, entretanto, extrapola as fronteiras da moral privada quando pretende impor a conduta católica a todos os pernambucanos, partilhem eles ou não dos dogmas da igreja. A sociedade já definiu, pelos canais competentes e com o auxílio da ciência, que o emprego da pílula do dia seguinte não configura aborto.
As autoridades sanitárias têm a obrigação de tentar reduzir os indíces de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis e de gravidezes indesejadas. Devem para tanto, usar de todos os recursos legais à disposição, aí incluída a pílula.
Faria melhor a arquidiocese de Olinda se observasse uma valiosa lição do Evangelho: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".
Amazônia? Onde?
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Dai o José Simão escreve na sua coluna da Folha:
E o chargista Novaes revela como o Lula vai resolver o problema do desmatamento da Amazônia: Com um implante!
O mesmo que implantou cabelo na careca do Zé Dirceu!
Vamos implantar a Amazônia!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Big Sister, a nova modalidade!
O que aconteceu com a castidade do mundo?
Folha de São Paulo de hoje, página F2:
'Bordel dá sexo em troca de transmissão on-line'.
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Você vai no bordel e começa pelo menu eletrônico que informa a idade, peso, nome de guerra e o idioma que cada 'sister' fala. Definido isso, o cliente assina um termo autorizando a transmissão do conteúdo do 'programa', no site. Depois escolhe o quarto entre o Alpino, decorado como o cenário de A Noviça Rebelde, ou o Iglu, com um urso polar. Em troca da exposição on-line, o sexo é grátis.
Cada movimento é gravado por mais de 50 câmeras, espalhadas por todo o ambiente. E o vídeo sai, no final, com menos de 15 minutos.
Sim, um big brother chamado de www.bigsister.net!
E você pode assinar o conteúdo ilimitado por R$80,00 mensais. Uma bagatela para ver mais de 15 mil homens que, gentilmente, voluntariaram-se desde 2005.
Achou muito? De 10 a 15 mil pessoas visitam o site diariamente.
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Ah, fica em Praga, na República Tcheca. Não se empolgue.
domingo, 20 de janeiro de 2008
O Brasil fica na África, você não sabia?
Imagine, então, quando perguntaram onde ficava a Argentina, aquele país distante que todo mundo faz piada e critíca. Pense no povo indignado quando soube que ela é nossa vizinha do lado!
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Atividade para casa:
1. Visualize essa imagem:2. Procure esse país desconhecido, chamado Brasil, no mapa do Mundo:
Dica: Fica numa parte verde do mapa.
Outra dica: Fica na América!
Saturday night!
Estava me sentindo meio enferrujada. Fazia tempo.
Mas a Sabrina me convenceu e fomos. Vox.
É divertido observar as pessoas nesses lugares públicos.
Na verdade não tão público, 15 pilas feminino e 25 masculino. Uma grande facada.
Mas o lugar é muito bacana. Como chovia, a fila era pequena e logo entramos no pequeno cubículo da recepção. A atendente ainda perguntou se queríamos continuar. Eram 15 reais, afinal. E só de entrada, sem consumação. Lugar de burguês, mesmo. Ora, estávamos ali já.
Fomos para o bar, que fica logo em frente à entrada e tem algumas mesinhas próximas. Minha piña colada demorou alguns minutos e enquanto isso fomos abordadas por um rapaz. Todo mundo vai pra balada paquerar?
Como eu falava, as pessoas. Ah, as pessoas. Talvez o meu vestido preto fosse um dos mais compridos do local. Senti-me quase uma freira, apesar da maquiagem preta, do salto alto e da tatuagem. E olha que ficava bem acima do joelho!
Bermudinhas são o alto da estação. E decotes, muito decotes. Maiores que o meu, claro. E que o da Sabrina, igualmente de vestido preto. Não combinamos. A diferença é que a Sabrina tem uma tatuagem gigantesca que toma mais da metade das costas e a minha é uma humilde borboletinha lá no pé.
Bandos de mulheres. Na mesa da frente seis. Diversos grupinhos. Mas não vi nenhuma negra. Agora os japoneses, tomaram conta do lugar. Homens muito baixos, e olha que não sou tão alta assim.
Chegamos meia-noite. Cinderelas ao avesso - nunca pretendemos ser Cinderelas, se houver algum questionamento. E aos poucos o local foi lotando. Passamos para a outra parte da casa, dividida em dois ambientes. De um lado o bar, que virou pista de dança lá pelas duas da manhã. E a pista, do outro lado. E que música deliciosa.
Fomos nos entregando ao ritmo alucinante das batidas ritmadas. Braços, pernas, o corpo todo se movendo. Uma observação, feita pela Sabrina, é de como as pessoas são tolas. Vão para um lugar daquele em busca de companhia, de beijo, de sexo. Isso é uma conseqüência de estar ali, não o motivo de ir. Perder aquela música, logo no começo, ah!
Depois do comentário, lembro de pouca coisa. Lembro da dança frenética, de luzes, de tequila.
Seis e pouco da manhã estávamos num cachorro quente, junto com uns 30 jovens. Gente louca, de maquiagem borrada e feliz. A noite foi ótima.
No Vox, quando saímos, ficaram poucas pessoas. Alguns rapazes solitários e uns dois casais, dançando uma música imaginária, provocativa e sensual. Respondendo a pergunta, sim, as pessoas vão paquerar. Todo mundo quer, no final das contas, sexo.
E de tudo isso, o que me deixou mais feliz foi quando pediram minha identidade na porta do Vox. Yes, ainda sou uma garotinha. Vamos aproveitar!
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The kiss é uma tela pop art do Gerald Laing e mostra Amy Winehouse, a cantora londrina de 24 anos, e seu marido Blake Fielder-Civil. Sei lá, acho que a loucura dela combina com um sábado à noite. Rehab, por exemplo, foi a primeira música que escutei no Vox.
sábado, 19 de janeiro de 2008
O Bêbado e a Equilibrista.
A ditadura militar é um dos períodos mais fascinantes da história, em minha opinião. Tudo da época é vibrante, talvez pela alta carga emocional das músicas, das reportagens, dos personagens.
Entre 1964 e 1985 o país presenciou uma linhagem fina, perfeita, de produção cultural. As letras de protesto eram minuciosamente pensadas e executadas de forma branda, devido à censura. O protesto era esse, através da música.
Os Festivais de Música Brasileira lançaram diversos artistas, como Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
O Bêbado e a Equilibrista é dessa época. Uma parceria entre Aldir Blanc e João Bosco, interpretada por Elis Regina.
Em 1972, o show em homenagem ao sesquicentenário da independência, organizado pelos militares, teve a participação de Elis. Isso a levou ao ‘cemitério dos morto-vivos’, seção de quadrinhos no Pasquim, do cartunista Henfil.
A seção promovia o enterro de personalidades que de alguma forma aderiam ao regime. Junto com Elis, foram enterrados Clarice Lispector, Drummond de Andrade e alguns atores, como Tarcísio Meira, Glória Menezes e Marília Pêra.
Alguns anos mais tarde, Elis e Henfil tornaram-se grandes amigos, e ela aderiu à campanha pela anistia, representada pela interpretação de O Bêbado e a Equilibrista.
Caía a tarde feito um viaduto (1)
E um bêbado (2) trajando luto (3) me lembrou Carlitos (4)
A lua (5) tal qual a dona do bordel (6)
Pedia a cada estrela fria (7) um brilho de aluguel (8)
E nuvens (9) lá no mata-borrão (10) do céu (11)
Chupavam manchas (12) torturadas (13), que sufoco louco
O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil (14)
Pra noite do Brasil (15), meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil (16)
Com tanta gente que partiu (17) num rabo-de-foguete
Chora a nossa pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarisses (18) no solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente
A esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista (19)
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar
(1) O viaduto da Gameleira,
(2) O bêbado representa os artistas, poetas, músicos e ‘loucos’ em geral, que embriagados de liberdade ousavam levantar suas vozes contra a ditadura.
(3) Referência aos militantes de esquerda que ‘sumiram’.
(4) Charles Chaplin.
(5) A lua representa os políticos civis que se colocaram a favor do regime, a fim de obter ganhos pessoais. Eles "acreditavam" tanto na propaganda oficial que se dizia que se um general declarasse que a lua era preta eles passariam a defender tal tese como verdade absoluta. Em determinada época foram até chamados de luas-pretas.
(6) A Câmara de Deputados e o Senado foram algumas vezes comparados a bordéis devido aos negócios imorais que lá se faziam. É claro que os cidadãos indignados não podiam dizer claramente que pensavam isto, ou seriam no mínimo processados por calúnia, injúria, difamação e etc.
(7) As estrelas são os generais, donos do poder. Alguns deles nunca apareceram como governantes, preferindo manipular nos bastidores. Se contentavam com uns poucos privilégios astronômicos e umas ninharias de cargos de direção em estatais ou o poder de nomear umas poucas dezenas de parentes e correligionários em empregos públicos.
(8) O brilho de aluguel era, como mencionado acima, os ganhos pessoais e até eleitorais obtidos pelos civis que aceitavam ser marionetes. Alguns destes civis cresceram tanto que ultrapassaram em poder os seus "criadores" fardados.
(9) Os torturadores são aqui comparados a nuvens, pois eram intocáveis e inalcançáveis.
(10) O mata-borrão é um instrumento antiquado destinado a eliminar erros, borrões na escrita. O DOI-CODI, nossa temível polícia política da época era o mata-borrão do regime.
(11) As prisões eram inalcançáveis ao cidadão comum, inacessíveis, por isso a comparação com o céu.
(12) Os rebeldes são comparados a manchas, ou seja um erro na escrita, uma coisa fora da ordem, uma indisciplina.
(13) Referência à tortura aplicada aos militantes de esquerda, que ocorria às escondidas. O regime jamais admitiu que torturava pessoas, porém nunca houve punições aos casos que conseguiam alguma divulgação, apesar da censura à imprensa.
(14) Os artistas nunca se calaram. Essa música é uma das irreverências.
(15) Um tema recorrente nas músicas da época. A volta das liberdades políticas é comparada ao amanhecer, bem como a ditadura é comparada à noite.
(16) O Henfil (Henrique Filho) era um afiadíssimo cartunista político muito visado pelo regime, bem como seu irmão o Betinho, que no governo Fernando Henrique organizou o programa de combate à fome. Os dois eram hemofílicos e morreram de Aids.
(17) Referência aos exilados políticos.
(18) Maria é a esposa do operário Manuel Fiel Filho morto sob tortura nos porões do DOI-CODI (SP) em janeiro de 1976 e Clarice é a esposa do jornalista Wladimir Herzog, também morto sob tortura, no DOI-CODI (SP) em outubro de 1975.
(19) A equilibrista era a esperança de democracia, um projeto de abertura política gradual, que a cada "eleição", a cada evento que incomodava os militares, tinha sua existência ameaçada.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Propaganda eleitoral gratuita!
É manco, caolho e usa um boné encardido.
Mas o livro é bom (é isso que importa né?).
Ah, é brincadeirinha a parte do legalzinho. Ele é gente boa, até deixa eu furtar umas charges pra colocar aqui!! =)
Então, tem na Fnac. E pelo e-mail benett74@uol.com.br.
Noel, duendes e coelhinho da páscoa.
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Parei no mercado em busca dos doces - precisava de jujubas. Pedi informação para uma garotinha, que mais tarde soube que iria fazer em breve seus 15 anos. Gentilmente ela me indica, olha moça tu viras aqui à direita e segue toda vida reto.
No Angeloni eles tocam músicas para ‘acalmar’ os clientes durante as compras. Nesse exato momento começa a tocar Pierrô Apaixonado. Eu exclamo feliz, que Noel é muito bom. E a garota me olha, com aquela típica cara de sarcasmo pré-adolescente sabe-tudo-e-mais-um-pouco, e solta, tu não é muito grande para acreditar em Papai Noel?
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Ah, Joinville já não é mais tudo aquilo. A civilização (ou a falta dela) já chegou por aqui. Comprei minhas jujubas e voltei para o recanto do meu aparelho de som.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
O Retrato de Dorian Gray
Alguns trechos do Retrato de Dorian Gray...
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Somos castigados por nossas renúncias. Cada impulso que tentamos aniquilar germina em nossa mente e nos envenena. Pecando, o corpo se liberta de seu pecado, porque a ação é um meio de purificação. Nada resta então se não remorso. O único meio de livrar-se de uma tentação é ceder a ela. Se lhe resistirmos, as nossas almas ficarão doentes, desejando as coisas que se proibiram a si mesmas e, além disso, sentirão desejo por aquilo que umas leis monstruosas fizeram monstruoso e ilegal.
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Do seio das sombras irreais da noite, é a vida que retoma suas feições costumeiras. E temos que recomeçá-la no ponto em que a deixamos. Invade-nos, então, o sentimento penoso de termos de aplicar novamente nossa energia ao mesmo círculo fastidioso de hábitos estereotipados. Ou, então, é o desejo louco de certa manhã abrir as pálpebras para o mundo reconstruído durante a noite, para nossa maior alegria; um mundo em que os seres teriam outras formas e outras cores, estariam transformados, esconderiam inéditos segredos, um mundo no qual o passado não teria ou quase não teria lugar e, em todo caso, não sobreviveria senão despido de toda forma consciente de obrigação e de constragimento; porque, da própria alegria a recordação tem seu amargor e a lembrança de um prazer anda sempre acompanhada de sofrimento.
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Os que amam só uma vez na vida é que são superficiais. O que eles chamam lealdade, fidelidade, é a meu ver letargia do hábito ou falta de imaginação. A fidelidade é, para a vida emocional, o que a estabilidade é para a vida intelectual: uma simples confissão de fracassos. Fidelidade! Algum dia vou analisá-la. Acha-se nela a paixão da propriedade. Há muitas coisas que abandonaríamos se não temêssemos que outros as apanhassem.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Coisas para ler em 2008.
Em 2007 li todos e mais uns 14 ou 15 livros.
Esse ano quero ler bem mais. Até pelo TCC, serão algumas dezenas de livros..
Ai está, minha lista 2008:
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*História da Pintura, Wendy Beckett
*Contos, Hans Christian Andersen
*O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
*1984, George Orwell
*Histórias extraordinárias, Edgar Alan Poe
*Noite de reis, William Shakespeare
*Madame Bovary, Gustave Flaubert
*Era uma vez o amor mas tive que matá-lo, Efraim Medina Reyes
*Crime e castigo, Fiódor Dostoiévski
*Zero, Loyola Brandão
*Os vendrilhões do tempo, Moacyr Scliar
*A sangue frio, Truman Capote
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Qual é a sua lista?
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Uma provocação.
Num Brasil de maioria cristã, parece bastante delicado tratar de uma tendência – sim, tendência – que é o ateísmo.
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Numa imparcialidade, completamente parcial, uma entrevista com Sam Harris fecha a matéria, que também tratou de religião x ciência e o medo. Sim, medo do indivíduo se declarar ateu, de dizer que não tem uma religião. Ah, a inquisição.
A igreja já matou milhares – botânicos, cientistas e outros tantos estudiosos – em nome da fé. O que nos reserva os próximos anos?
Harris é autor de Carta a uma nação cristã. Um livro fininho, fácil de ler. Bombástico. Leia.
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Na Galileu desse mês, um repórter passa dois meses seguindo a Bíblia, vivendo 100% os seus ‘ensinamentos’. Ainda não li a reportagem, estou curiosa. Será que ele matou alguém que falou mal da religião? Será que parou de comer carne de porco e coelho? É, a Bíblia é uma caixinha de surpresas.
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Se Deus existe, deve ser como a descrição de John Milton, em O Advogado do Diabo. Deixe-me dar algumas informações privilegiadas sobre Deus. Deus gosta de assistir. É um pervertido. Pense nisto. Ele dá ao homem instintos. Ele lhes dá este dom extraordinário e então o que Ele faz? Eu juro; pela Sua própria diversão, pela Sua própria e íntima piada cósmica, Ele estabelece regras em oposição! É a maior sacanagem de todos os tempos! Olhe! Mas não toque. Toque, mas não prove! Prove, mas não engula. Hahahaha... E enquanto você fica pulando de um pé para o outro, o que Ele está fazendo? Ele está gargalhando! Ele é um sádico! Um senhorio ausente! Venerar a isto? Nunca!
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Verdade ou não, eu definitivamente não sei. Como diz Harris, um de nós está errado, como vamos provar quem?
O texto é minha resposta a uma provocação que recebi nos meus comentários. E eu adoro provocações. E inveja também.
A Caverna
Poderia colocar aqui o livro todo. Recomendo.
E Saramago, na página 77, diz que há quem leve a vida inteira a ler sem nunca ter conseguido ir mais além da leitura, ficam pegados à página, não percebem que as palavras são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar a outra margem, a outra margem é o que importa...
domingo, 6 de janeiro de 2008
Muitas cores, poucos sentidos.
sábado, 5 de janeiro de 2008
A verdade está na cara!
Uma amiga mandou depois de ler o post que fala de 2008, disse que "combina". Hehehe.. Leia, pense e reflita, vale a pena!
Ah, as tiras roubei do Bntt. Licença poética, como diria ele.
Brasileiro é um povo solidário. Mentira.
Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida.
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza.
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.
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Brasileiro é um povo alegre. Mentira.
Brasileiro é bobalhão. Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.
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Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.
Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe - lá no fundo - que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
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Brasileiro é um povo honesto. Mentira.
Já foi. Hoje é uma qualidade em baixa. Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.
90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.
Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa, e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3, mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.
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O Brasil é um pais democrático. Mentira.
Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos tem direitos, mas ninguém tem obrigações, não existem democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que tem como único fim, o pagamento dos privilégios do poder.
E ainda somos obrigados a votar. Democracia isso? Pense nisso!
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O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto...
Malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero.
Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa...
O Brasil é o país do futuro.
Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avós se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.
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Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...
O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão: O brasileiro merece!
Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar.
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Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse texto, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!
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Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
E ai está: 2008!
Não, não foi só a minha vida pessoal. Olhe em volta.
Quem me conhece sabe que detesto tevê. Não assisto mesmo.
Ligo quando vou ver um filme ou show ou até mesmo um seriado - em inglês, por que dublado é o fim! Mas faço questão de ver a retrospectiva da Globo.
Tem bem uns dez anos que assisto e o último foi o pior, sem dúvida.
O genocídio religioso do resto do mundo já não me espanta.