
Amor não é aquela coisa louca, desesperada.
Talvez paixão seja isso, como já diria vovó Rita Lee.
Amor é aquela coisa gostosinha, um humanismo extraordinário que nos faz tentar ser melhor. Amor é um passeio de mão dada. Um dia de frio, encolhidinhos, escutando o barulho da chuva. Leitura a dois no parque. Um beijo estalado. Um abraço quando você mais precisa. Amor é tanta coisa. E ao mesmo tempo não é nada, se você não se doar. Amor é um clichê.
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Todo esse amor é para falar do dia 24 de dezembro, véspera de Natal. Foi um dia especial. Não pelo mito da religião. Mas porque a Gaby fez seus dois meses. E o meu irmão noivou. Foi bonito, só nossa família. Acolhedor. E todo mundo chorou. O melhor presente, entre tantos.
No mesmo dia, minha amiga Bia ganhou uma bela aliança também.
Esse é o espírito de Natal. A partilha, a crença.
E tem também a Sheila e o Rodolfo. Instantâneo e fatal. Trocaram alianças um pouco antes desse 24 de dezembro e estão em eterna lua de mel.
Hearts, do Jim Dine, Kiss, do Roy Lichtensterin e as palavras do Veríssimo concluem meu pensamento.
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Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.