domingo, 20 de janeiro de 2008

Saturday night!

Ah, eu adoro o brilho, as cores e a dança de uma balada.
Estava me sentindo meio enferrujada. Fazia tempo.
Mas a Sabrina me convenceu e fomos. Vox.
É divertido observar as pessoas nesses lugares públicos.
Na verdade não tão público, 15 pilas feminino e 25 masculino. Uma grande facada.
Mas o lugar é muito bacana. Como chovia, a fila era pequena e logo entramos no pequeno cubículo da recepção. A atendente ainda perguntou se queríamos continuar. Eram 15 reais, afinal. E só de entrada, sem consumação. Lugar de burguês, mesmo. Ora, estávamos ali já.
Fomos para o bar, que fica logo em frente à entrada e tem algumas mesinhas próximas. Minha piña colada demorou alguns minutos e enquanto isso fomos abordadas por um rapaz. Todo mundo vai pra balada paquerar?
Como eu falava, as pessoas. Ah, as pessoas. Talvez o meu vestido preto fosse um dos mais compridos do local. Senti-me quase uma freira, apesar da maquiagem preta, do salto alto e da tatuagem. E olha que ficava bem acima do joelho!
Bermudinhas são o alto da estação. E decotes, muito decotes. Maiores que o meu, claro. E que o da Sabrina, igualmente de vestido preto. Não combinamos. A diferença é que a Sabrina tem uma tatuagem gigantesca que toma mais da metade das costas e a minha é uma humilde borboletinha lá no pé.
Bandos de mulheres. Na mesa da frente seis. Diversos grupinhos. Mas não vi nenhuma negra. Agora os japoneses, tomaram conta do lugar. Homens muito baixos, e olha que não sou tão alta assim.
Chegamos meia-noite. Cinderelas ao avesso - nunca pretendemos ser Cinderelas, se houver algum questionamento. E aos poucos o local foi lotando. Passamos para a outra parte da casa, dividida em dois ambientes. De um lado o bar, que virou pista de dança lá pelas duas da manhã. E a pista, do outro lado. E que música deliciosa.
Fomos nos entregando ao ritmo alucinante das batidas ritmadas. Braços, pernas, o corpo todo se movendo. Uma observação, feita pela Sabrina, é de como as pessoas são tolas. Vão para um lugar daquele em busca de companhia, de beijo, de sexo. Isso é uma conseqüência de estar ali, não o motivo de ir. Perder aquela música, logo no começo, ah!
Depois do comentário, lembro de pouca coisa. Lembro da dança frenética, de luzes, de tequila.
Seis e pouco da manhã estávamos num cachorro quente, junto com uns 30 jovens. Gente louca, de maquiagem borrada e feliz. A noite foi ótima.
No Vox, quando saímos, ficaram poucas pessoas. Alguns rapazes solitários e uns dois casais, dançando uma música imaginária, provocativa e sensual. Respondendo a pergunta, sim, as pessoas vão paquerar. Todo mundo quer, no final das contas, sexo.
E de tudo isso, o que me deixou mais feliz foi quando pediram minha identidade na porta do Vox. Yes, ainda sou uma garotinha. Vamos aproveitar!
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The kiss é uma tela pop art do Gerald Laing e mostra Amy Winehouse, a cantora londrina de 24 anos, e seu marido Blake Fielder-Civil. Sei lá, acho que a loucura dela combina com um sábado à noite. Rehab, por exemplo, foi a primeira música que escutei no Vox.

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